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Polícia

Mãe é presa por matar bebê de 11 meses envenenado

*Imagem ilustrativa

12/06/2025 - 05h57min

Atualizada em 12/06/2025 - 06h12min

Uma mulher de 36 anos foi presa preventivamente na manhã desta quarta-feira (11) no bairro Santa Luiza, em São Pedro do Sul, na região central do Rio Grande do Sul, sob suspeita de ter provocado a morte do filho de 11 meses ao istrar um antidepressivo sem prescrição. A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que trata o caso como homicídio qualificado.

O bebê morreu em 29 de novembro de 2024. À época, a mãe já era alvo de investigação por supostamente medicar os filhos — inclusive a vítima — com o objetivo de induzir o sono. A suspeita foi detida e encaminhada ao Presídio Regional de Santa Maria. Em depoimento, afirmou estar grávida.

De acordo com o delegado Giovanni Lovato, responsável pelo caso, o laudo de necropsia apontou como causa da morte a asfixia por broncoaspiração. Já o exame toxicológico detectou a presença de amitriptilina, um antidepressivo de uso adulto que também pode ter efeito sedativo, mas é proibido para crianças e bebês. Segundo Lovato, o uso do medicamento teve influência direta no óbito.

A investigação revelou que o bebê havia sido atendido no hospital ao menos duas vezes durante os cinco dias anteriores à morte, em razão de um quadro de gastroenterite. No dia do falecimento, a criança chegou à casa de saúde com baixa responsividade e entrou em parada cardiorrespiratória.

Negligência e comportamento suspeito

Depoimentos colhidos ao longo da investigação apontam indícios de negligência por parte da mãe. Amigos e familiares relataram que a mulher deixava os filhos sozinhos durante a noite para sair de casa e que as crianças, agitadas durante o dia, dormiam repentinamente em sono profundo quando ela queria sair.

“Os familiares notavam que as crianças eram normais, agitadas, mas que de uma hora para outra, quando a mãe tinha interesse em sair à noite, em pouco tempo estavam dormindo profundamente”, afirmou o delegado Lovato.

Além do bebê de 11 meses, dois outros filhos da mulher morreram antes dos quatro anos de idade, em 2017 e 2018, na cidade vizinha de Toropi. Um dos casos, o de uma menina de um ano e 11 meses, teve como causa da morte registrada no atestado a aspiração de substância gástrica, com características similares ao caso atual. Embora não haja comprovação de relação entre as mortes, o delegado informou que os casos serão reabertos para apuração conjunta.

Situação dos outros filhos

A mulher tem outros cinco filhos: um bebê de nove meses, duas meninas (de quatro e 19 anos) e dois meninos (de 13 e 17 anos). Os quatro filhos menores foram acolhidos pelo Conselho Tutelar de São Pedro do Sul. A filha mais velha, de 19 anos, não residia mais com a mãe.

A Polícia Civil segue com diligências para aprofundar a apuração dos fatos e aguarda exames complementares. A investigação também deve avaliar a possível responsabilização de profissionais que prestaram atendimento médico à criança nos dias que antecederam a morte.

 

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