Mulher encontra mala com R$ 15 mil e devolve ao dono

Um gesto de honestidade e empatia emocionou o Rio Grande do Sul nesta semana. A cuidadora de idosos Maria do Carmo Carissimi, de 53 anos, protagonizou uma história inspiradora ao devolver uma mala com R$ 15 mil ao tesoureiro do Veranópolis Esporte Clube, Albino Marin, de 68 anos, após vê-la cair do carro dele na saída de um hospital, na última segunda-feira (12), em Veranópolis, na Serra Gaúcha.

O dinheiro havia sido arrecadado durante um campeonato amador, com o objetivo de ajudar nas despesas do clube na Série A2 do Campeonato Gaúcho. Albino havia saído de um hospital quando, sem perceber, deixou a mala sobre o carro. Na primeira curva, o objeto caiu no asfalto. Enquanto diversos veículos desviavam, Maria do Carmo — que também saía do hospital após um exame — agiu.

“Vi que tinha documentos e uma certa quantia em dinheiro. Não reconheci a pessoa, mas eu tinha que devolver, aquilo não era meu”, disse Maria.

Sem conseguir identificar o dono pelas redes sociais, ela pediu ao marido que guardasse a mala até que pudessem encontrar alguma pista. Do outro lado da história, Albino só percebeu o desaparecimento da mala ao chegar a um mercado. Ele retornou desesperado ao hospital diversas vezes, sem sucesso.

Mesmo tentando cumprir a agenda do clube, Albino se sentiu mal e desmaiou na entrada de um jantar de apresentação do elenco. Foi socorrido e precisou tomar soro na veia, diagnosticado com uma queda de pressão.

Um reencontro emocionante

A busca de Maria pelo verdadeiro dono teve fim quando ela, com a ajuda de conhecidos, identificou Albino e descobriu que ele havia sido internado. Ela foi até o hospital e o reencontro foi promovido por uma rádio local.

“Ela estava mais nervosa que eu! Disse que não iria conseguir dormir se não achasse o dono”, contou Albino, emocionado com a atitude.

Maria, por sua vez, declarou:
“Mesmo se estivesse devendo dinheiro, ando por alguma necessidade, eu tinha que devolver. Me senti muito bem.”

Para Albino, o episódio é uma prova de que a honestidade ainda pulsa forte no coração das pessoas:
“Ainda dá para acreditar no bem.”