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Governo Lula encarece viagens internacionais e remessas ao exterior
Brasileiros que planejam viajar para o exterior ou enviar dinheiro para fora do país devem se preparar para custos mais altos a partir deste sábado, 24 de maio. Entram em vigor as novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), unificando a taxa em 3,5% para diversas operações cambiais.
O que muda com o novo IOF?
A medida, anunciada pelo governo federal, estabelece uma alíquota unificada de 3,5% para todas as operações de câmbio realizadas a partir do Brasil. A mudança atinge desde compras com cartões internacionais até a aquisição de moeda estrangeira em espécie, o que deve encarecer os custos das férias fora do país.
Antes e depois da mudança:
- Cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais, além de cheques de viagem: a alíquota subiu de 3,38% para 3,5%.
- Compra de moeda estrangeira em espécie e remessas para contas próprias no exterior: a alíquota aumentou de 1,1% para 3,5%.
A mudança também afeta serviços de contas internacionais, como Wise, Nomad e Revolut, que anteriormente ofereciam IOF de 1,1% e agora am a cobrar 3,5%.
Impacto no bolso do consumidor
Com a nova alíquota, uma compra de US$ 100 no exterior com cartão de crédito resultará em uma cobrança adicional de US$ 3,50 de IOF, além da conversão para o real e possíveis tarifas da operadora.
Segundo Fabiano Camargo, presidente do Conselho da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), o aumento do IOF impacta todas as viagens internacionais, independentemente do canal de venda utilizado. Ele estima um aumento médio de 2% a 3% no custo das viagens, seja pela compra de moeda estrangeira, cartão pré-pago ou remessas feitas por operadores.
Objetivo da medida
O governo estima que os ajustes no IOF, considerando também as mudanças previstas para empresas, resultem em R$ 20,5 bilhões em arrecadação adicional em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. O objetivo é unificar alíquotas, evitando distorções de remessas de mesma natureza.
Essas mudanças fazem parte de um pacote de medidas anunciado pelo governo para equilibrar as contas públicas, que inclui também o congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano.
O que permanece inalterado
Importações diretas, como compras em sites internacionais com envio para o Brasil, continuam isentas de IOF, mas estão sujeitas a outros impostos, como o Imposto de Importação e o ICMS. agens aéreas internacionais e cartões de turistas estrangeiros no Brasil também não sofrem alterações.