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BOMBARDEIO: 70 pessoas, incluindo 22 crianças, são mortas após Israel intensificar ofensiva na Faixa de Gaza

14/05/2025 - 07h29min

Palestinos procuram vítimas após bombardeio israelense em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 14 de maio de 2025. — Foto: REUTERS/Mahmoud Issa

Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza nas últimas horas, matando ao menos 70 pessoas entre terça (13) e quarta-feira (14), conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas. Entre as vítimas estão 22 crianças. Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas em ataques aéreos que atingiram diversas regiões do território palestino.

A maioria das mortes aconteceu em Jabalia, no norte de Gaza, onde residências civis foram atingidas por mísseis israelenses. Médicos locais relataram que mulheres e crianças estão entre os principais atingidos. O número de vítimas pode aumentar, já que muitas ainda estão sob escombros.

Outro ataque aéreo ocorreu na terça-feira (13), quando o Hospital Europeu de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, foi bombardeado, matando ao menos 16 pessoas e ferindo mais de 70. O Exército de Israel afirmou que o alvo era um suposto centro de comando do Hamas localizado sob a estrutura do hospital — alegação negada pelo grupo palestino.

A nova escalada de violência acontece em meio à declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que prometeu continuar a ofensiva “com toda a força” contra o Hamas. Em mensagem divulgada nas redes sociais e no Telegram, Netanyahu afirmou que mesmo uma eventual libertação de reféns não impedirá o avanço da guerra.

“Nos próximos dias, entraremos com todas as nossas forças para completar a ofensiva e subjugar o Hamas”, declarou o premiê. “Podemos fazer um cessar-fogo por um tempo determinado, mas iremos até o fim.”

A postura de Netanyahu frustra as recentes tentativas internacionais de negociação por um cessar-fogo duradouro. Na segunda-feira (12), o Hamas havia libertado Edan Alexander, refém israelense-americano, como gesto de “boa vontade” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está em visita ao Oriente Médio. A libertação, porém, não foi acompanhada de qualquer acordo formal por parte de Israel.

Alexander, que servia em uma unidade de elite quando foi capturado durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, ficou mais de um ano e meio em cativeiro. Em vídeo publicado nas redes, Netanyahu apareceu conversando por telefone com o jovem, dizendo que todo o povo israelense estava feliz com seu retorno.

Enquanto isso, os bombardeios continuam e a situação humanitária na Faixa de Gaza segue se agravando. Agências internacionais alertam para o risco iminente de colapso total nos serviços de saúde e abastecimento no território, que enfrenta falta de água, alimentos e medicamentos há meses.

 

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