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Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

15/05/2025 - 17h55min

Atualizada em 15/05/2025 - 17h55min

Foto: Divulgação/CBF

O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinou nesta quinta-feira (15) o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na decisão, o magistrado nomeou o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, como interventor e ordenou que ele convoque novas eleições “o mais rápido possível”.

A medida anula o acordo firmado no início deste ano que havia encerrado uma ação judicial questionando o processo eleitoral da entidade — acordo este que, na prática, permitiu a reeleição de Ednaldo Rodrigues por aclamação no dia 24 de março.

Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes — escreveu o desembargador em sua decisão.

O caso ganhou novo fôlego após determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que enviou o processo de volta ao TJ-RJ no início deste mês para apuração urgente das denúncias. Na ocasião, Gilmar negou o afastamento imediato de Ednaldo, mas autorizou a investigação da suposta falsificação.

O documento contestado foi assinado por cinco dirigentes da CBF e incluía a do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade. Um laudo pericial apontou indícios de falsificação, o que motivou pedidos de afastamento feitos ao STF pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e por Fernando Sarney.

O desembargador Zéfiro chegou a marcar uma audiência para ouvir o Coronel Nunes na última segunda-feira (13), mas o depoimento foi cancelado após o advogado do ex-dirigente informar que ele não poderia comparecer por motivos de saúde.

Crise e retorno anterior

Esta é a segunda vez que Ednaldo é afastado do cargo. Em dezembro de 2023, o TJ-RJ já havia determinado sua saída, mas ele retornou ao comando da entidade cerca de um mês depois, por decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF. Agora, cabe novo recurso aos tribunais superiores.

Nomeado interventor, Fernando Sarney é um dos oito vice-presidentes da CBF. Ele rompeu politicamente com Ednaldo e não integrou a chapa da reeleição. Seu mandato como vice vai até março de 2026.

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